ATD 2024: Insights do maior evento de treinamento e desenvolvimento do mundo! 

As consultoras de educação corporativa Valéria Oliveira e Patrícia Holanda participaram da ATD 2024 e destacaram alguns dos insights e tendências que foram discutidos no maior evento de Treinamento e Desenvolvimento do mundo. Leia!
As consultoras parceiras da Across, Valéria Oliveira (à esquerda) e Patrícia Holanda (à direita) participando da ATD 2024, o maior congresso de Treinamento e Desenvolvimento do mundo.

De 19 a 22 de maio, Nova Orleans, EUA, sediou a ATD International Conference & EXPO 2024, o maior evento da área de Treinamento e Desenvolvimento do mundo, que reuniu mais de 9 mil profissionais de mais de 70 países, incluindo 90 representantes brasileiros, todos com o objetivo de aprender e discutir tendências e melhores práticas, descobrir novas ferramentas e soluções, e ampliar suas redes de networking para transformar e potencializar a área de T&D. 

Entre os participantes brasileiros, estavam as consultoras de desenvolvimento e parceiras da Across, Valéria Oliveira e Patrícia Holanda, que trouxeram insights valiosos sobre temas como comportamento, liderança, saúde mental, inteligência artificial, entre outros. 

Aqui, nesse artigo, compilamos tudo o que foi compartilhado por Valéria e Patrícia durante os 4 dias de evento para que você possa se atualizar sobre as tendências que estão sendo aplicadas e testadas mundialmente na área de T&D.  

Vamos acompanhar? 

Valéria Oliveira na ATD 2024, o maior evento de Treinamento e Desenvolvimento do mundo.

A consultora de educação corporativa e parceira da Across, Valéria Oliveira, participou da ATD 2024 e reuniu alguns aprendizados nas palestras que acompanhou por lá e compartilhou as ideias com exclusividade aqui no Blog da Across. Confira abaixo! 

Transformando organizações através do trabalho pessoal profundo

Na palestra “Como executivos transformam suas organizações através de um trabalho pessoal profundo”, Evert Pruis, especialista em liderança, gestão integrada de talentos e coaching de equipes, enfatizou a importância do autoconhecimento e do autocuidado para se ter uma melhor conexão com as pessoas e afirmou que a verdadeira conexão é fundamentada em três pilares: corpo, mente e emoções.  

Para ele, reconhecer esses elementos em si mesmo e nos outros é fundamental. É preciso compreender que o corpo dá sinais de linguagem não verbal, a mente deve ser consciente dos possíveis vieses e julgamentos e buscar reconhecer as emoções, pois tudo isso em conjunto influencia profundamente as conexões interpessoais. 

Além disso, em sua apresentação, Evert argumentou que os líderes devem sentir a necessidade de ter conversas difíceis com suas equipes, porque a ausência dessas conversas pode resultar em falta de segurança psicológica, confiança e colaboração. Portanto, a responsabilidade do líder é criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis e onde a comunicação seja clara. 

Para isso, a liderança precisa se dedicar à autorreflexão, a dar voz ao time, a renunciar a seus egos e preconceitos, e a praticar a empatia e a compaixão. Atividades de regulação, como meditação e exercícios físicos, são fundamentais para promover o crescimento, desenvolvimento e engajamento das equipes. 

Desenhando experiências de aprendizagem como um cientista

Outra palestra de destaque na ATD 2024 abordou a importância de desenhar experiências de aprendizagem que se conectem aos esquemas mentais das pessoas. O foco é guiar o cérebro de maneira intencional para gerar aprendizado efetivo, utilizando elementos como cores, sons, imagens e elementos surpresa dentro da jornada de desenvolvimento.  

Se com a aprendizagem não provocamos a criação de algo que se conecte com a necessidade das pessoas, elas voltam ao “universo conhecido”, e não mudam o comportamento delas de fato.    

Desbloqueando a inclusão autêntica com Simone Morris

A premiada especialista em liderança inclusiva, Simone Morris, explorou em sua palestra o conceito de inclusão, mostrando que o diferencial é compreender que inclusão é a voz do outro poder ser ouvida. Ela destacou que lidar com a inclusão, muitas vezes, envolve enfrentar o desconforto – seja da pessoa que não se posiciona ou da liderança que precisa criar um ambiente de diálogo e segurança psicológica. 

Outro ponto que ela ressaltou foi a importância de combater vieses e julgamentos constantes. Um exercício valioso é olhar para as pessoas com respeito e valorização, questionando-se em situações desafiadoras se estamos agindo de forma inclusiva.  

Para construir um ambiente seguro, os líderes devem encorajar as pessoas a expressarem suas necessidades autênticas. Mesmo que isso envolva erros, é essencial seguir em frente, aprendendo e evoluindo continuamente. 

Como a má gestão e a cultura organizacional impactam o esgotamento dos funcionários?

Você já parou para pensar sobre como a má gestão e uma cultura organizacional tóxica podem ser grandes causadoras do esgotamento dos funcionários? Holly Burkett, consultora e especialista em recursos humanos e desenvolvimento organizacional com mais de 20 anos de experiência, destacou que os profissionais de RH têm a responsabilidade de apoiar as lideranças na criação de ambientes de trabalho saudáveis. Os líderes têm um dos papéis mais importantes na definição das condições que podem prevenir ou agravar o cansaço e o esgotamento dos colaboradores. 

O esgotamento dos funcionários é amplamente influenciado pelo ambiente de trabalho, mais do que pelas características individuais. Esse problema se agrava quando não há suporte e reconhecimento adequados, por sobrecarga de trabalho e por falta de comunicação eficaz.  

Valores e práticas desalinhados com as expectativas dos funcionários também contribuem significativamente para que haja desconforto e descontentamento com o trabalho. Por exemplo, empresas que promovem uma competição excessiva ou negligenciam o bem-estar dos funcionários aumentam consideravelmente o risco de esgotamento. 

Além disso, ambientes onde os funcionários têm pouca autonomia para tomar decisões ou sentem que suas opiniões não são valorizadas podem deixar os profissionais cada vez mais frustrados. Por isso, criar um ambiente de trabalho saudável é essencial para o bem-estar dos colaboradores. 

Mas você deve estar se perguntando, como os profissionais de RH podem apoiar as lideranças? Aqui vão algumas dicas: 

  • Treinar líderes para que sejam mais empáticos e eficazes na gestão de equipes.  
  • Implementar programas que incentivem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.  
  • Estabelecer uma cultura onde o feedback construtivo seja constante e bidirecional, promovendo um ambiente de respeito e melhoria contínua.  
  • Dar mais autonomia e controle aos funcionários sobre como realizam seu trabalho.  
  • Apoiar na sensibilização das lideranças e capacitá-los para lidar com essas questões ajuda a minimizar esses impactos na vida dos colaboradores.  

Impulsionadores Cerebrais no Treinamento On-line: Estratégias para Aprender Melhor

Laura Van Den Ouden, especialista com mais de 25 anos em aprendizagem e desenvolvimento, palestrou sobre como direcionar o cérebro para adquirir conhecimento de forma eficaz no ambiente on-line. Com vasta experiência em Didática e na implementação de programas Train-the-Trainer para universidades corporativas e organizações internacionais, Laura destacou a importância de ações intencionais para promover a aprendizagem.

Ela enfatizou a necessidade de desenvolver estratégias educacionais intencionais para engajar e aumentar o envolvimento dos participantes, utilizando a estratégia do Triângulo Dourado, que abrange três pilares: pessoas, processos e programas.

Pessoas: Conexão e Empatia

No aspecto das pessoas, Laura destaca a importância de investir tempo no início do treinamento para se conectar com os participantes. Pelo menos, 10% do tempo de treinamento deve ser dedicado a se apresentar como facilitador, conhecer um pouco dos participantes e levantar suas expectativas. Isso é essencial para compreender o público e gerar uma conexão genuína, deixando as pessoas à vontade.

Processos: Metodologias dinâmicas

No processo de aprendizagem, é fundamental que o facilitador inclua diferentes metodologias e técnicas, como a definição de objetivos de aprendizagem, a divisão dos participantes em salas, o uso de recursos tecnológicos e a apresentação de casos e provocações. Essas diferentes interações mantêm o interesse dos participantes, considerando que nossa capacidade de atenção plena é de aproximadamente 7 minutos. Não é necessário mudar de tema a cada 7 minutos, mas é útil incluir perguntas para promover discussões e utilizar ferramentas de interação virtual para manter a atenção.

Laura também destaca a importância de permitir que os participantes reflitam e encontrem alternativas para construir seu próprio aprendizado. “Eles são adultos, deixe-os refletirem,” ela afirma, reconhecendo a autonomia dos aprendizes adultos.

Programas: Clareza e surpresa

O terceiro pilar, o programa, consiste em fornecer clareza sobre os objetivos do treinamento e os horários, oferecendo previsibilidade aos participantes. Além disso, incluir elementos surpresa ao longo do treinamento, como dinâmicas, estudos de caso, sorrisos e variações na entonação de voz, torna a experiência mais envolvente e memorável.

Patrícia Holanda na ATD 2024, o maior evento de Treinamento e Desenvolvimento do mundo.

Agora, confira abaixo um pouco dos aprendizados e insights de algumas das principais palestras que a consultora de aprendizagem e também parceira da Across, Patrícia Holanda, conferiu durante a ATD 2024. Acompanhe!

Matthew McConaughey sobre Liderança e Engajamento

O ator, produtor e escritor Matthew McConaughey compartilhou insights profundos sobre liderança e engajamento com base em suas vivências e lições aprendidas ao longo de sua carreira em Hollywood, destacando a importância de dar aos membros da equipe a propriedade de suas ideias. Ele enfatizou que todos querem fazer parte da história e ser protagonistas, mas alertou sobre o perigo do egocentrismo. Suas frases de reflexão incluem: 

“Deem aos seus jogadores, sejam eles quem forem, a propriedade de suas ideias.” 

“Todos querem fazer parte da história, ser o sujeito! É necessário ter cuidado para se fazer uma boa história sem se tornar egocêntrico!” 

Neurociência da Segurança Psicológica e do Trabalho em Equipe com Torin Monet e Paul J. Zak

Torin Monet, diretor principal da Accenture, e Paul J. Zak, economista e professor da Claremont Graduate University, abordaram a neurociência da segurança psicológica e do trabalho em equipe, oferecendo soluções práticas para promover um ambiente de trabalho seguro e motivador. Eles sugeriram: 

  1. Estude perfis psicológicos de abusadores sociopatas e narcisistas e eduque outras pessoas. Analise detalhadamente seus valores, profundidade emocional, motivações, abordagens interpessoais e estratégias de controle e influência sobre os outros. 
  2. Avalie o nível de segurança psicológica nas equipes e compare com normas estatísticas de equipes semelhantes. Identifique, investigue e remova responsabilidades de lideranças que promovem baixa segurança psicológica ou que são abusivas. A experiência da equipe é 70% influenciada pelo gestor. Em casos de abuso psicológico, 65% das vezes o responsável é o gestor direto. 
  3. Utilize ferramentas de biofeedback para monitorar sessões de trabalho em grupo com equipes e líderes. 
  4. Compreenda as emoções geradas pela competição interna e foque no engajamento ao invés da ansiedade. Estude o paradigma da concorrência na sua empresa. Quando os funcionários interpretam a excitação da competição como ansiedade, tendem a ser menos criativos e mais propensos a comportamentos antiéticos. No entanto, quando as políticas de emprego geram entusiasmo, os funcionários são significativamente mais criativos. 
  5. Realize exercícios para desenvolver habilidades de empatia cognitiva e comportamental na força de trabalho. Promova atividades que ajudem as equipes a compreender os diferentes tipos de personalidade, objetivos e valores dos colegas, com curiosidade e apreço genuíno. 
  6. E, claro, cuide da sua saúde! Mantenha uma alimentação equilibrada, durma bem, faça exercícios regularmente e cultive relacionamentos sociais saudáveis. 

Britt Andreatta e a Ciência Cerebral da Inteligência Emocional

Britt Andreatta, autora de diversos livros, ex-CLO do Lynda.com (agora LinkedIn Learning) e reconhecida internacionalmente por criar soluções baseadas na ciência para os desafios atuais, discutiu a ciência cerebral da inteligência emocional e seu impacto no bem-estar e sucesso organizacional.  

Ela destacou que quase um terço dos trabalhadores americanos fazem terapia para lidar com chefes tóxicos, apresentando dados alarmantes: 

  • Aumento da ansiedade (51%) 
  • Fadiga mental (44%) 
  • Sintomas físicos (33%) 
  • Aumento da depressão (32%) 
  • Declínio no engajamento (30%) 
  • Questionamento do conjunto de habilidades (30%) 
  • Declínio na produtividade (24%) 
  • Declínio no desempenho (24%) 
  • Estresse mal direcionado para amigos/familiares (21%) 

Você sabia? As pontuações de bem-estar global atingiram o nível mais baixo de todos os tempos em 2023, impulsionadas por um declínio de quatro anos na inteligência emocional. Estamos em uma recessão emocional caracterizada por baixo bem-estar e alto esgotamento.

Dados sobre Quoeficiente Emocional (EQ): 

  • O EQ é duas vezes mais preditivo de desempenho do que o QI. 
  • O EQ é responsável por 80-90% das competências que diferenciam os melhores desempenhos. 
  • 75% das carreiras são descarriladas por razões relacionadas a competências emocionais. 

Para aumentar a resiliência, ensine as pessoas a gerenciar sua janela de tolerância e autorregulação e forneça ferramentas e espaço para fazer isso no trabalho! 

Stephen M. R. Covey e a Nova Era da Liderança

Stephen M. R. Covey, escritor, palestrante e autor do livro “A velocidade da Confiança”, enfatizou que os dias de comando e controle acabaram, e a confiança é agora uma competência inegociável. Ele apresentou três modelos de liderança: 

  • Comando e Controle Autoritário: O que EU posso fazer com você (30%) 
  • Comando e Controle Iluminado: O que eu posso fazer PARA você (62%) 
  • Confiança e Inspiração: O que eu posso fazer COM VOCÊ (8%) 

Idealmente deveríamos confiar e inspirar, não apenas engajar. Aproveitando o espaço para reflexão, eu pergunto a você que estiver lendo: Quem confiou e inspirou você? Você se lembra dessa pessoa?

Pense em uma pessoa em sua vida que acreditou, demostrou confiança e apostou em você. E se você puder se tornar a liderança que essa pessoa foi para você, com um estilo de liderança que gera resultados, tanto quanto inspira confiança e crescimento nas pessoas?

Destaco da palestra de Covey aqui as 5 crenças fundamentais de um líder que confia e inspira:  

  1. Eu acredito: As pessoas têm grandeza dentro delas, então meu trabalho como líder é libertar o seu potencial, não o controle; 
  2. ⁠Eu acredito: Pessoas são pessoas inteiras, então meu trabalho como líder é inspirar as pessoas e não apenas motivar; 
  3. ⁠Eu acredito: Há o suficiente para todos, então meu trabalho como líder é elevar o cuidado acima da competição; 
  4. ⁠Eu acredito: Liderança é mordomia? Então meu trabalho como líder é colocar o serviço acima do interesse próprio; 
  5. ⁠Eu acredito: A influência duradoura é criada de dentro para fora, então meu trabalho como líder é ir primeiro; 

Você escolheria adotar uma dessas crenças a partir de agora? Você faz seu melhor trabalho quando confiam em você, então por que não experimentar confiar primeiro? Desejo que esse conteúdo possa lhe inspirar e apoiar a sua evolução!   

Insights de Ken e Scott Blanchard sobre Liderança Eficaz

A palestra de Ken e Scott Blanchard na ATD 2024 foi um dos pontos altos do evento. Pai e filho, juntos, unem muitos anos de conhecimento. Ken, além de ser consultor de negócios, é o autor da Teoria da Liderança Situacional, pela qual é consagrado por mais de 40 anos só com essa fonte de conhecimento. Nessa palestra, eles abordaram três elementos que, durante um bom tempo atuando com líderes, consideram essenciais.    

  • Liderança é Parceria: Ken enfatizou que a liderança deve ser vista como uma parceria. Para ele, o líder deve gerenciar sua equipe para realizar tarefas importantes. Quando a direção e a liderança estão ausentes, o caos se instala, comprometendo a confiança, o foco e a clareza necessários para extrair o melhor do time. A influência de um líder na vida das pessoas é significativa, e a verdadeira liderança não é sobre “mim”, mas sobre “nós”. 
  • Enxergue as coisas que as pessoas fazem certo: Scott Blanchard ressaltou a importância de enxergar e reconhecer as ações corretas dos funcionários. Infelizmente, ainda é comum que muitos líderes foquem apenas nos erros, mas quantas vezes você observou e elogiou algo bem-feito pelo seu time? Oferecer feedback específico, como “Você entregou o relatório no prazo e muito bem redigido, isso me deixou muito feliz e satisfeito”, ajuda os colaboradores a entenderem o que estão fazendo certo e os motiva a manterem esse comportamento positivo.
  •  
  • Trate com respeito e cuidado: Scott reforçou a importância de tratar a equipe com respeito e demonstrar que você deseja o melhor para eles, criando um ambiente de reciprocidade. Quando as pessoas lembram dos melhores momentos de suas vidas, muitas vezes, é quando realizaram algo significativo com alguém. Os líderes podem ser essa pessoa que faz a diferença positiva na vida dos outros. 

Crie uma cultura de pertencimento para impulsionar a experiência do colaborador

O palestrante, autor e especialista em cultura, Devin C. Hughes, defendeu em sua apresentação que o ideal é que se crie uma cultura de pertencimento pautada pela valorização, orientação e conexão para gerar um impacto real nas pessoas da organização.  

Em sua visão, a cultura é o resultado das mensagens que recebemos sobre o que é realmente valorizado. Para isso, os líderes precisam criar um ambiente onde as pessoas possam ser a melhor versão de si mesmas, ou seja, onde possam realmente pertencer. 

Além disso, Hughes alerta para a epidemia da solidão, destacando que o sentimento de pertencimento pode criar condições melhores para as pessoas, diminuindo o isolamento e os sentimentos que agravam a saúde mental. Afinal, todos queremos ser vistos, ouvidos e valorizados.  

Ele observou que os EUA, que antes ocupavam a 20ª posição em felicidade, agora estão na 23ª. No Reino Unido, uma campanha incentivou as pessoas a deixarem os celulares de lado e aproveitar conversas significativas em locais públicos, combatendo a solidão crescente. 

Ele menciona que muitos estão esperando que alguém venha consertar essa desordem, mas alerta que esse alguém é você. Lembre-se de que mudança de rotina é igual a mudança de cultura! 

Preparando líderes para o futuro dos negócios sustentáveis e equitativos

Escolhi a temática dessa palestra por alguns motivos, fui diretora de Carreira para jovens e acredito no poder das ações sociais em suas variadas frentes. Antes de compartilhar com vocês os ensinamentos de Mark Horoszowski, cofundador e CEO da MovingWorlds, uma empresa social que ajuda as empresas a atingirem as suas metas ESG, gostaria de destacar que fiquei impressionada com o número expressivo de brasileiros que tiveram interesse nessa palestra quando comparada ao público geral, que também me surpreendeu, esperada um público total menos tímido.  

Segundo Mark, envolver líderes corporativos com empresas sociais leva à inovação de modelos de negócios sustentáveis. Uma das melhores maneiras de desenvolvê-los é expondo esses líderes atuais e futuros a modelos de negócios sustentáveis e equitativos.  

O mundo precisa de profissionais de desenvolvimento de talentos para apoiar o ESG, veja alguns números: 

  • 86% das empresas têm meta de sustentabilidade e equidade social; 
  • 81% dos executivos corporativos tem remuneração vinculada a metas; 
  • Menos de 10% tem planos para alcançá-las. 
A consultora de educação corporativa Patrícia Holanda em foto como speaker Mark Horoszowski.

Há uma necessidade vital de desenvolvimento de talentos não apenas para construir empresas à prova de futuro, mas ainda, para construir um planeta sustentável livre de injustiças e desigualdades grosseiras. Existem 3 tipos de ESG e é importante escolher o certo: 

  • Para Garantia – ajuda investidores e líderes empresariais a tomar decisões financeiras mais holisticamente informadas. 
  • Para impacto – ajuda funcionários e consumidores a tomar decisões informadas sobre onde querem trabalhar e gastar seu dinheiro; 
  • Para regulamentação – ajuda os governos a criar e monitorar políticas, conformidade e leis. 

Ocorre que a maioria dos executivos não vê impacto social como um imperativo estratégico e facilitador de negócios e ainda luta para superar crenças desatualizadas sobre ser um “centro de custo” filantrópico.  

Três maneiras pelas quais os profissionais de desenvolvimento de talentos podem integrar voluntariado baseado em habilidades + impacto social:

  1. Cumprir: Adicionar treinamento básico à continuação de integração no treinamento de gerentes; 
  2. Instigar: Adicionar voluntariado baseado em habilidades com empresas sociais aos formulários existentes; 
  3. Empoderar: Ser uma plataforma para plataformas de inovação executiva e empresarial. 

Para efetivar mudanças significativas, seguem duas dicas: 

  • Identifique as unidades de negócios mais preparadas para se beneficiar da educação em inovação social; 
  • Eduque a equipe sobre os fundamentos e tendências do ESG. 

E veja como isso pode beneficiar suas carreiras: 

  • Ofereça oportunidades do mundo real para a construção de experiências; 
  • Ajude os funcionários a integrar o impacto em seus empregos, independentemente do nível; 
  • Crie conexões compostas entre unidades de negócios e empresas sociais. 

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